terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Minha conversa de hoje, no Omegle.com

      Entrei no Omegle para ver se me distraia um pouco, ai aparece essa pessoa. A Pessoa("Stranger") quis me ofender, mas isso não funcionou. 

Stranger: funkriro
Stranger: zsrdghu
Stranger: *funkeiro
You: gosto de rock
You: indie e mpb
Stranger: podcre
Stranger: bob
Stranger: maconha
You: gosto do bob
You: n fumo maconha
You: é ruim
You: nem bebo
Stranger: pq engorda
You: mais especulações?
Stranger: mas ce usa crack né?
Stranger: pq emagrece
You: não uso drogas ilícitas
Stranger: tem cara de drogadp
Stranger: ehuehue
You: as aparências enganam
You: essa cara é de depressivo
Stranger: há bm
Stranger: tu se corta?
You: tem uma certa semelhança com drogado, ficamos quase do mesmo jeito
Stranger: tendi
You: sua tentativa de me xingar foi válida, mas n funcionou ^^
You: nada mais me atinge
You: ^_^
Stranger: late mais alto
Stranger: \azsxdfg
You: sei latim
Stranger: wrtfyghjk
You: "sei"
You: entre aspas
Stranger: n qro te atinngir
Stranger: n tenho arma
You: palavras tbm são consideradas armas
You: Se fosse antes, dependendo do que vc dissesse eu poderia agora mesmo me suicidar
Stranger: '-'
You: e muitas mortes acontecem só por conta de algumas palavras, então palavras são sim armas ^^
Stranger: calma cara
You: estou calmo ^^
Stranger: agr eu vo me mATA
You: se for fazer isso, faça direito
You: n corte os pulsos pq isso é pedir para ser salvo
You: e demora muito pra morrer
You: aconselho enforcamento
Stranger: ta bom
You: ou cortar a jugular
You: se for cortar os pulsos, corte na vertical
You: assim n tem como costurar a veia
You: ^_^
Stranger: kay
Stranger: okay
You: tenha uma ótima noite!
You: e fique bem ^^
Stranger: vctbm
Stranger: tchauu
You: agradeço
You: tchau
Stranger: boa sorte na vida
Stranger: parceiro
You: obrigado
You: mas minha vida é ruim, e n existe sorte
You: apenas probabilidades
You: :D
Stranger: um dia melhora
You: melhora n
You: sou pessimista e sei que o que pode dar errado, vai dar errado
You: desculpa por dizer essas coisas
Stranger: se vc continuar pensando assim so vai piora
You: é que vc fica assim depois de ter penado bastante, ser rebaixado, humilhado e excluído
Stranger: eu sei como é
Stranger: mais melhora
You: tbm quando busca sentido numa vida inválida
You: melhora não
Stranger: tenha fe
You: agradeço sua positividade
You: sou agnóstico
You: isso é "quase" um Ateu
You: creio que existe uma força maior, mas que essa "força" não me ajudará
Stranger: eu sou ateia mais msm assim devemos ter fe no destino e pensar q td vai dar certo
You: desculpa dizer isso, mas contradiz sua "religião"
You: ter fé no destino é algo religioso
Stranger: pra mim n
Stranger: tenho apenas fe q td vai dar certo
You: porque diz-se que o destino é nos dado por alguma força maior ou até a natureza em si (em forma de divindade)
Stranger: sla cara é assim q eu penso
Stranger: oq houve com a sua vida?
You: de um tudo. Problemas em casa, na rua, na universidade. Problema com as pessoas, meu passado vem me atormentar... mas isso não importa.

Stranger: puxa kra

Stranger: eu te amo mesmo sendo lésbica

You: me ama?
You: rs pq?
Stranger: sla cara gostei de vc
You: ^_^ fico grato
You: rs
Stranger: kra vo teq ir em bora
Stranger: mais desejo a vc a maior felicidade do mundo
You: agradecido ^^
Stranger: um dia sua vida vai mudar
You: igualmente
Stranger: bjo kra
You: beijo
Stranger: tchau
You: tchau
You have disconnected.


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Coisa que não acaba

    Mais um começo de tarde vazio, coisas aos montes a fazer para hoje e só faço brigar comigo mesmo. Há um bom tempo que não fazia isso, essa que deveria ter sido uma boa manhã virou algo torturante, não pelos trabalhos de hoje e sim por mim. Tenho tido esses conflitos internos há alguns anos, aos 16 anos isso se intensificou  um pouco mais, aos 17/18 complicou mais ainda, estou com 19 agora, se me perguntarem quais "aventuras" eu tive nada responderei, mas se perguntarem o que de ruim me ocorreu algumas pessoas se entristeceriam ou quem sabe até chorariam. Não tenho uma história daquelas de abandono, de fome ou coisas do tipo, mas o que vem acontecendo ao longo dessa vida miserável (miserável não no sentido financeiro/material) é deprimente.
    Tenho para mim que tudo isso, todas essas coisas ruins, foram, são e continuarão sendo minha culpa não importando os outros que também fizeram parte. É difícil "crescer" e enxergar a verdade, dói quando a realidade bate em sua cara. Não estou me arranhando mais e nem me batendo, cheguei ao ponto de quase vegetar. Não estou tendo muitas reações, vai ver é porque comecei a "amadurecer" e o que eu pensava que iria melhorar acabou se complicando. Quando atingimos um certo nível de entendimento das coisas passamos a vê-las como realmente são e logo traçamos esquemas, probabilidades, de modificar, nos ajustar, superar ou conviver com os problemas. Não quero dizer que estou formado intelectualmente e que atingi minha maturidade completa, sei que falta muito ainda, a minha realidade se difere muito da dos outros, meus problemas são enormes para mim e aos outros parecem inofensivos. Sou julgado, esculachado, xingado... tudo isso por não ser compreendido da maneira que quero que me vejam.
    Meus olhos estão ardendo desde cedo juntando lágrimas, até agora nenhuma desceu, estou tão abatido que nem isso consigo fazer. Meus pensamentos me torturam nesse momento. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Meu chão frio

    Estou no velho e conhecido chão de meu quarto. Está frio, mas nem me incomodei em calçar meias ou colocar um lençol no chão para sentar. Estou levantando falsas expectativas e ao mesmo tempo me martirizando por achar que faço isso sem motivo e que "tenho capacidade se me empenhar" e eu não sei se tenho razão em pensar que consigo fazer certa coisa ou em que eu sou um inútil. 
    Recebi várias notícias ao longo dessa semana, fui praticamente esmurrado por tantas informações que poderiam ser ignoradas, mas esse sou eu, eu não ignoro o que deveria, e faço mais, valorizo isso que me machuca. Mas ontem foi o começo de minha nova queda, não que eu já estivesse de pé, longe disso, mas é que eu estava, de certa forma, estabilizado e me vem a confirmação de que sou imprestável dependente. Não digo dependente dos pais, mas sim dos outros que me cercam.
    De o que poderia vir em forma de palavras, aquilo foi doloroso, mesmo não tendo relação alguma com algum tipo de xingamento ou ofensa, foram palavras normais enviadas para uma pessoa não normal. Confirmei o que há tempos eu já sabia, sou um nada sozinho e dependerei dos outros para conseguir alguma coisa. Se não existir alguém comigo conseguirei coisa alguma. 
    Eu não deveria me abater, mas que é que controla uma mente doente? Eu estava com visitas e fazem cerca de algumas horas que foram embora, eu não via a hora de ficar só, queria chorar mesmo sendo sem motivo, mas nem isso eu estou conseguindo fazer. Tem um nó se formando em minha garganta, mas nenhuma lágrima desce. Bom, nada posso fazer em relação a minha situação, me conformar não vou, conviver com isso é o que resta, a menos que eu crie coragem de vez e pegue novamente aquela faca, mas desse vez tenho que ter coragem para fazer o que temi fazer.

(Tenho certeza que tem erros aqui, mas não irei corrigi-los agora, nem lerei o que fiz, quero esquecer um pouco isso, por esse motivo decidi digitar e "contar para alguém" o que estou sentindo.

domingo, 12 de outubro de 2014

    Levantei da cama querendo escrever não sei o que, passei as últimas horas deitado ouvindo músicas que não deveria ouvir. É tão engraçado como eu me alto torturo e depois reclamo disso, acho que é porque isso é a única coisa que me mostra que estou vivo, dor, mas é a dor do que chamam de espírito. Não estou me cortando ou me arranhando, não estou usando outros artifícios para me mutilar fisicamente, só mentalmente.
    Mas eu não sei quais marcas são mais evidentes, se são as dos meus braços ou esses pensamentos que insistem em vir sempre que acho que estou "superando" isso. Meus pensamentos poderiam ser apenas meus (e geralmente são), mas todos notam que algo está errado (e eu quase sempre estou errado, triste e pra baixo) e ai começa aquela coisa chata que é ver eles tentando me "ajudar" sendo que mal sabem eles que muitos deles fazem parte de meus problemas, não por culpa deles (pelo menos a maioria), mas sim por culpa minha. Há tempos cheguei a conclusão de que o culpado disso tudo sou eu.


domingo, 24 de agosto de 2014

    Eu realmente me acho forte em alguns quesitos por suportar grandes pesos que lançam em mim, já me disseram coisas que deixariam qualquer um no chão, mas me mantive em pé com um sorriso (as vezes forçado) estampado no rosto. O problema são as pequenas coisas que me machucam, você pode falar muita coisa de mim, me jogar lá embaixo, me humilhar na frente de muitas pessoas que eu provavelmente não darei tanta atenção, mas existem pequenas coisas que me derrubam.
    Fui muito magoando com palavras simples e entonações específicas, palavras essas de uma simplicidade tão grande que aos ouvidos e/ou olhos de qualquer um seriam apenas mais algumas palavras, mas não para mim e eu tenho o péssimo hábito de guardá-las permanentemente no lugar mais obscuro de minha mente e passo a me torturar com elas.
      É muito fácil me atingir, basta escolher as palavras certas e a entonação perfeita, isso já me fará cair.
    Ontem fui dormir tão cedo que todos estranharam, 19 horas, acordei às 2 e não consegui dormir mais, tive um sonho horrível que apesar de não ter sido um pesadelo foi uma das piores coisas, se não a pior, que eu poderia ter sonhado. Geralmente eu nunca lembro de meus sonhos, mas esse especificamente está martelando em minha cabeça, até o gosto estou sentindo. Preferiria mil vezes ter tido um de meus magníficos pesadelos com direito a pessoas mortas partidas ao meio e com seus órgãos à mostra, criaturas extraordinariamente macabras perseguindo e matando pessoas (ou até mesmo a mim), catástrofes naturais que dizimavam a vida na terra a cada sonho. Mas não, tive um doce sonho. Eu já havia tomado uma decisão, tentaria de todas as formas apagar da mente a falsa esperança, entretanto não consigo, até meu subconsciente quer me torturar e essa brincadeira está acabando comigo.
    O primeiro pensamento que tive depois que tomei consciência da situação foi: QUE VOLTEM OS CORTES.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

    Existem tantas palavras que querem sair de mim, tantas revelações e tantas dores, mas eu não posso e não devo cuspi-las apesar de querer muito isso. Estou tão perdido quanto antes e acho que ficarei cada vez mais perdido em meio as pessoas que se aproximam e roubam cada parte de mim. Nem chorar eu posso porque não me deixam só, nem a luz apagada do meu quarto espanta as pessoas (que já estão aqui). Essas vozes, essas pessoas, o lugar em que eu estou... é tudo confuso, quero não existir. 

    Se eu arrumasse uma forma se sumir, se eu conseguisse sumir, seria bom. Bom para alguém, talvez bom para mim, não sei. Não posso continuar aqui. Não quero continuar aqui. Mas não consigo sair daqui.

    Digito esse texto enquanto seguro minhas lágrimas, meus olhos estão ardendo e eu não deixei que acendessem a luz para que não vejam que estou assim. Cada palavra aqui jogada me dá mais e mais vontade de por tudo isso pra fora, estou digitando com força, mas isso não ajudará. Preciso gritar, chorar, correr de tudo isso.

   Não vejo mais motivo para viver aqui, ou até mesmo em algum outro lugar. Ultimamente venho me questionando muito sobre a existência, a minha para ser mais claro, e eu não achei motivo para "viver". Minhas ambições estão tão fora de minha realidade, quem eu quero comigo não vê o que eu ofereço e nem eu sei se nasceria algo a partir desse ponto porque não me vejo estando com alguém, mesmo querendo.

    Estou sendo sufocado com tudo isso. Socorro.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

    Mais uma vez estou sendo jogado no chão por mim mesmo. Acabei de sair de uma conversa bem divertida com um estranho e mesmo com todos os risos e incentivos de ambas as partes eu estou aqui caído, até minha cabeça está doendo. Estou me questionando mais uma vez em qual será o sentido dessa vida que me foi dada,  nasci só pra ficar aqui em meu mundo fechado, poderia estar pior? Sim poderia. Ai vem um e diz "você está assim sem motivo, você tem onde morar, você anda, fala, enxerga, ouve...., esses são sofrimentos". Sei que cada sofrimento tem seu peso, sei que existem pessoas que estão em situações piores que as minhas, mas a questão é, o que eu sinto me machuca e me fere de maneira quase que insuportável, cada pessoa tem sua dor e cada dor é grande em sua pessoa, eu não consigo explicar isso e isso não importa porque mesmo se conseguisse fazer isso nunca iria demonstrar como é ter essa dor dentro de si.
    É difícil ver o sorriso dos outros e depois ter que ver suas lágrimas. Ser uma pessoa quando está com alguém e ser outra pessoa quando está sozinho. Venho me mascarando esse tempo todo e ainda sim demonstro bastante coisa, mas continuam a incentivar, sem perceberem, esse meu estado desprezível.
  Eu não tenho mais forças para me segurar em pé, realmente não sei mais porque eu nasci e não sei quais motivos ainda tenho para continuar vivendo, ou melhor, existindo. Minha cabeça dói, eu não estou suportando mais. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

    Mais uma manhã chata. Acordei às 8 horas como se eu tivesse dormido por 10 horas, mesmo eu tendo ido dormir às 5 da manhã (como vem acontecendo ao longo de 3 meses). Não estou estranhando mais esses acontecimentos estranhos, eu sou estranho na verdade. Estou aqui trancado em meu quarto, fechei a janela e apaguei a luz, coloquei minhas músicas para tocar (hoje escolhi MPB) e estou aqui curvado, encostado na parede pensando no motivo de eu existir. Ainda não entendi qual o porquê dessa existência inútil, nesse período de tempo em que estou acordado já pensei em várias maneiras de sumir, mas é melhor eu parar de pensar isso porque eu sei que não sairei desse meu mundo cinza. 

quinta-feira, 31 de julho de 2014

    Fiz minha escolha e tenho muita certeza de que foi a escolha errada. Escolhi ficar com esse sentimento retido em mim, escolhi minhas sombras quando poderia escolher uma luz, mesmo que mínima. Sim... tive a coragem de abandonar o sonho para viver algo que não existe e que nunca irá existir. Tenho até amanhã para desistir disso, mas não vou, inexplicavelmente prefiro ficar sentindo esse desconforto.
    Há alguns dias eu estou me afastando das pessoas, estou em uma de minhas "crises de isolamento" e isso está acontecendo em períodos de tempo cada vez menores. As pessoas já estão me procurando e perguntando por mim, e eu não vou dar notícias. Tenho que aproveitar que estou de folga da universidade para ficar sozinho em meu canto, uma vez por semana, infelizmente, tenho que ir até o lugar que "vou dar aula", terei de sorrir forçado como quase sempre faço, mas tudo bem, eles não me conhecem e não fazem questão de saber como estou.
    Eu só queria ficar sozinho, mas não me deixam. Minha mãe e minha cunhada estão sempre por aqui, tenho uma vontade enorme de sair desse lugar, ir para onde não saibam meu nome, mas e as condições? Não tenho condições algumas de me manter em outro lugar, principalmente por eu ser tão inútil. Existe a possibilidade de eu ministrar aula de informática, mas como se de mais nada sei? Se eu for fazer isso passarei mais vergonha ainda.
    Uma das piores coisas em ser depressivo são os múltiplos pensamentos, nesse momento estou pensando em tantas coisas que nem consigo deduzir o que é cada uma. Minha cabeça está aqui, está onde não deveria, está com quem não merece, está ignorando quem merece... então vem as músicas que tocam juntas na cabeça e vem os sons de motores, de pássaros, de vozes. E assim vou começo a surtar.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

    Bom, essa é uma das situações mais confusas de minha vida e eu NUNCA pensei que isso aconteceria comigo, JAMAIS pensei nessa possibilidade, nem em meus mais loucos sonhos. Estou dividido entre duas coisas que não existem. Na verdade existem, mas não estão próximas. Não, não.. estão próximas sim, eu posso até tocar, mas não consigo.
    Me dividi entre um sentimento forte (até a algum tempo eu não sabia que isso existia e que fosse dessa forma) e um sonho (que a anos tento realizar), só que se escolher um, perderei o outro e é impossível escolher os dois. Meus sentimentos são contidos e de certo modo "proibidos", onde uma única parte está preenchida quando no caso as duas partes deveriam e a incompatibilidade é enorme, gritante. Meu sonho não é puramente como eu esperava, mas abrirá portas para que eu consiga atingir meu ÚNICO objetivo de vida, só para vocês terem noção de sua importância.
    Esse sentimento é também o causador da minha piora, fiquei muito pior depois de seu surgimento repentino, mas o mesmo me ajudou bastante em outros momentos ruins. Minha depressão se intensificou depois que ele surgiu, mas meus conflitos internos foram transformados, eu não quis mais morrer, não tentei mais me matar. Isso me deu uma certa força para continuar suportando tantos acontecimentos ruins.
    Meu sonho surgiu há mais de quatro anos, desde 2009/2010 que tenho tudo pronto, esquemas, projeções, conteúdo (não irei citar qual é o sonho)... só falta a competência que só será adquirida de eu escolher o caminho inverso ao do sentimento. 
    Acho que vão dizer "deixa de ser besta e escolhe o sonho", mas é complicado porque ambos pesam o mesmo na balança. Posso me afastar desse sentimento, mas nunca conseguirei mascarar ele e nunca irá cicatrizar por completo. Posso desistir do sonho e tentar uma outra vez algum dia, mas quando? Vou ter que esperar mais 4, 5, 10 anos? Essa não é uma daquelas oportunidades que vão e vem, é daquelas que raramente aparecem para você.

  Não sei o que fazer, tenho até segunda para decidir. 

domingo, 29 de junho de 2014

    Comecei minha "transição", estou pegando leve por que o "material" não está em seu perfeito estado e infelizmente não será como eu havia esperado, na verdade, nem chegará perto do que eu imaginei.
    Mas eu vejo cor, cor viva de um ser morto. Cor quente de um ser frio. Muito pouca cor, mas ela está aqui. 

    Esse é apenas o começo de minha transição.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

    Não verei meu sangue escorrer, não hoje. Mais uma vez fui apresentados às "verdades da vida" e, adivinha, não estou presente nelas. Sou "a mentira" em si. Me culpo por coisas que não dependeram de mim, ou podem até terem dependido, mas isso não importa, o fato é que sou as sobras dos outros. Entre cabelos desarrumados, barba à fazer e unhas exageradamente grandes eu me escondo cada vez mais dentro de mim mesmo o que acaba se tornando um problema ainda maior porque eu me sinto cada vez mais preso a mim e isolado do "sol que brilha lá fora".
    Eu poderia estar me punindo agora, mas não vou fazer isso, não hoje como foi dito, já tenho data marcada, um dia antes de minha passagem oficial para a vida adulta. Em 6 dias deixarei oficialmente a adolescência e agora pergunto a mim mesmo onde está a mudança que tanto foi prometida.
    "Fique tranquilo, é só uma fase. Todo adolescente passa por isso, até eu passei e hoje estou bem." "Tenha calma, você é novo e isso passará logo vá por mim, isso é característico da adolescência." "Os adolescentes estão em guerra consigo mesmos, isso é logo no começo, mas quando a fase adulta estiver chegando esse conflito acabará." Tudo mentira. Eles mentiram. Completarei 19 anos e esses conflitos apenas aumentam mais e mais, mas não deixarei que minhas transição passe em branco, vou tingi-la de vermelho, vermelho brilhante e quente. Dia 30 de junho, na madrugada dele para ser mais preciso,  começarei minha sessão de autopunição, punição por ter sido gentil e idiota, generoso e estúpido, companheiro e fraco. Serei punido bondade excessiva que me fez cair muito mais e permitiu que pisassem em mim. Serei punido por minha fraqueza que me fez perder momentos únicos e oportunidades irrecusáveis, me fez não ter atitude e engolir as palavras que deveriam ser ditas.
    30 de junho será uma segunda, ótimo, terei avaliação de inglês (curso o terceiro período de letras-inglês) e nada, não vou estudar porque não adianta e a dor que causarei antes da avaliação já será uma punição para minha falta de inteligência (burrice mesmo). 
    No dia 1 de julho, o dia de minha "transição", terei de apresentar um seminário de linguística I, maravilha, pouco sei sobre o assunto. Apresentarei o que me foi imposto, cumprimentarei aqueles que me desejarem parabéns, se bem que farão isso quanto eu chegar na universidade, se isso acontecer dispensarei os cumprimentos e sairei da sala antes mesmo do fim da aula, ou melhor, antes que a professora comece com sua ladainha sobre minha apresentação e irei a algum lugar para passar horas sozinho até que chegue o momento de voltar para casa onde provavelmente chegará alguém para me incomodar, usar meu computador e/ou pedir ajuda com algo ou algo meu emprestado.
    O restante da semana será de luto, luto por mim mesmo. Todos vão ver uma parte do meu eu e talvez eu mostre um terço da outra parte que está "oculta", oculta entre aspas porque esta parte é gritante em mim, mas acho que poucos veem.
    Bom, minha transição será completa e não vi mudanças positivas em minha existência (eu poderia ter dito vida, mas é como eu sempre digo, eu não vivo apenas existo) e sei que elas não vão acontecer tão cedo ou até mesmo se vão acontecer. Estou dizendo isso para provar para aquelas pessoas que meus problemas não eram uma fase, eles já duram 3 anos, não é possível que isso seja apenas uma fase. Perdi a conta de quantas pessoas me olharam torto enquanto eu tentava explicar como eu funciono, eles me olharam com olhares de reprovação como se eu fosse o culpado disso tudo, quando na verdade foram muitos que me construíram, o Jhonny não se fez depressivo sozinho, o mundo contribuiu para que eu me tornasse isso.
    Talvez eu volte aqui antes de minha transição para mostrar como estarei antes da comprovação da "não fase".

(Esse texto ficou enorme e muito cansativo de ler. Existem erros ortográficos, mas não me importo.)


sábado, 14 de junho de 2014

    Nossa! Fui contra ao que disse quando criei esse blog, estava certo que eu atualizaria pelo menos 3 vezes por mês, rs, mas nem isso eu fiz. Eu tenho uns textos que escrevi na universidade e vou postar depois ^^. Enquanto isso vamos admirar esse belo vídeo.




domingo, 23 de março de 2014

    Mais uma madrugada e eu aqui jogado no chão de meu quarto. Estava lendo o que eu publiquei aqui e vi muitos erros, coisa que me deixaria muito envergonhado , mas agora nem isso eu sinto, eu não faço algo direito mesmo. 
    Minha aparência nesse momento beira o assustador. Cabelos desarrumados, olhos vermelhos de quase choro e olheiras profundas que provavelmente nunca sumirão de meu rosto. Meu estômago dói, o suco gástrico está mais uma vez corroendo as paredes dele, mas nem me importo mais com a azia, ela é insignificante agora. 
    Talvez eu consiga dormir, talvez não. Se não, eu farei o que venho fazendo ao longo dessas madrugadas/manhãs, ficarei olhando para cima, observando o telhado ou olharei para o azul claro da parede que fica a cama e tentarei criar um mundo imaginário para mim, só para eu não me sentir tão só e sem ter o que fazer por tanto tempo.

quinta-feira, 20 de março de 2014

    E olha eu aqui novamente, nem sei quanto tempo passei sem postar algo aqui. Sim, ainda estou com aquelas minhas coisas de sempre, agora mesmo estão me "usando". Vieram para minha casa só para usar meu computador e eu sempre deixando. É incrível como eu sou solicitado quando precisam de mim. 
    Faltam 4 dias para que eu volte a estudar e eu nem "curti" esse tempo que deveria ser "meu e meu", mas não permitiram isso. Sempre chega alguém, de instante em instante. As vezes são 2, outras vezes são 3, 4... 5 pessoas querendo algo meu ou minha ajuda, tudo isso ao mesmo tempo. Isso é muito cansativo. 
    E lembrando das aulas me vem um desejo imenso de fugir, isso porque dessa vez eu realmente estarei sozinho. No terceiro período as turmas começarão a se separar, português para um lado, espanhol para o outro e o inglês também segue seu rumo só que com quatro pessoas, fazendo com que eu perca o elo com o pessoal que me suportava e me ajudava em trabalhos quando eu precisava (quase sempre). Agora, com esses quatro eu realmente estou só, não terei mais aquelas meninas para me ajudar e provavelmente me ferrarei. Estou um pouco assustado com isso, não que eu nunca tenha ficado em uma situação dessas antes, mas é que dessa vez é para valer. Enfim, isso não importa, qualquer coisa eu sumo daqui e resolvo isso tudo. 

   Então... É isso. Depois vou postar algumas imagens "lindas" que encontrei.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

    Vegetando em meu quarto. Só saí para "comer" e "ler"  A Guerra dos Tronos e logo voltei para meu quarto. Estou sem forças, não tenho disposição para fazer algo e meus pensamentos só focam onde não podem. Até as palavras não vem. 

sábado, 15 de fevereiro de 2014

    E eu retorno ao meu mundinho cinza. Demorou, dessa vez demorou para que eu voltasse a ele, mas estou aqui. Considero quatro dias muita coisa já que minha vida inteira foi um lixo só. No momento estou aqui sentado no chão de meu quarto, trancado, pensando o quanto sou imprestável e lembrando das conquistas dos outros. Pode ser inveja, vai ver é mesmo, é difícil você ver pessoas fazendo com facilidade algo que você sempre quis fazer e não consegue. Coisas simples, simples mesmo, não vou citar pois irão achar que é exagero, mas um pouquinho disso para mim é muito. 
    Estou me sentindo vazio por dentro, quero chorar, mas não posso, pessoas estão a todo instante passando por aqui e vão querer me ver. O incrível é que pela primeira vez meu pai me perguntou o que eu tinha, eu acordei antes das 8, coisa que é praticamente impossível e para mim era como se fosse 13 horas. Perdi meu sono, talvez eu tenha sonhado com a realidade e acordei para esse meu mundo negro, sombrio. Infelizmente. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

   Eu só tenho a agradecer por ter passado esses dias com meus amigos. Agradeço mais ainda por um deles ter dito "Jhonny, têm livros aqui" e o outro "se você não comprar esse livro eu vou quebrar seu nariz" :3, e aqui está ele ^.^. Muito obrigado pessoal! (não vou citar os nomes porque não sei se vão gostar, na verdade eles nem sabem desse blog) 

A Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo, George R. R. Martin
A Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo

    Acabei de chegar de uma viagem de quatro dias, estou me sentindo um pouco diferente. Foi muito bom conhecer aquelas pessoas. Não vou esquece-las, não mesmo. Já começamos com o "Orgasmos Múltiplos", um homem que falava como se estivesse tendo vários orgasmos, foi muito hilário, depois vieram o pessoal do alojamento, ali sim, esse foram legais e gostei muito de te-los conhecido.
    Presenteei amigos, descobri que presentear alguém é melhor que receber um presente, fiquei feliz por eles terem sorrido, aqueles olhos apertando no momento em que a boca sorria, isso é muito para mim, eu gosto de fazê-los felizes e sei que eles ficaram, pelo menos um pouco. 
   Momentos de terror?! Não tive, mas passei a madrugada rondando os corredores da universidade que fiquei hospedado, só eu, os gatos e o vigilante que estava lá fora estávamos acordados e já passavam das 2 horas. fiquei rondando no escuro e encontrei um boneco bem esquisito, eu gostei dele. Fotos de lá, eu em minha andança noturna e o bonequinho estranho com chifres. Espero voltar lá um dia e que seja melhor ^.^ .



Boneco com Chifres
Boneco com chifres

Corredor Vazio
Corredor vazio

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

    BRENDA. Esse seria o nome de minha sobrinha, que por sinal fui eu que coloquei nela esse nome, mas infelizmente nunca poderei dizer isso a ela. Hoje, minha cunhada perdeu seu bebê com 5 meses de gestação, posso até imaginar como está minha mãe agora, ela que estava muito animada pois só teve filhos homens, iria ganhar uma netinha. 
    Existe um lado ruim e um lado não tão ruim nisso. O ruim é o de que ela não teve nem chance de enxergar a vida fora da barriga de sua mãe, ela seria muito bem cuidada e educada, eu já tinha feito vários planos, já imaginava como seria se ela nascesse, eu até podia ouvir ela me chamar de tio e me apertar com os pequenos braços, mas isso não vai acontecer. O lado não tão ruim é que esse mundo está perdido, muita violência, descaso, miséria, dor... o mundo anda muito mal e provavelmente ela acabaria presenciando coisas espantosas. Mas seria bom ela ter nascido, eu iria ensinar a ela como viver para que ela não ficasse igual a mim, só existindo. Ela seria minha primeira aluna. Brenda, mesmo sem ter te conhecido, sinto saudade de você.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

    E lá vou eu acabar com meus sonhos. Desisto disso tudo, já chega! Não adianta ficar pensando que vou conseguir algo por que isso não vai acontecer. Eu não vou ser como A ou B, sempre serei o que fica mais embaixo lá onde ninguém se importa. Meu lugar é no fundo mesmo, isolado, tendo atenção somente quando precisam. As vezes olham para mim, eles em cima, no topo e eu no chão olhando para o alto, um outro erro meu. Eu jamais deveria olhar para cima, não posso me deslumbrar com a luz do dia, com o brilho da vida, tenho que me contentar com o que eu tenho, o escuro da noite e a opacidade da morte que me rodeia, mas que a vida não permite que me leve. 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

    Vasculhando a net encontrei incríveis fotos em um blog ( http://estou-sem.blogspot.com.br ). Algumas dessas imagens me chamaram muito a atenção permitindo  que eu interpretasse-as, da minha maneira bizarra, mas interpretei. Elas meio que dizem algo sobre mim, cada sentimento, cada coisa que sinto. As ilustrações são de Ryohei Hase ( http://ryoheihase.com/ ).
    Hase utiliza a junção de homem+animal em suas obras, o que me fez deduzir que ele passa a ideia que somos animais, todos sabemos disso, mas ele quer expressar isso de outra maneira, não somos animais apenas por pertencermos a certa classe, espécie e gênero. Hase nos mostra nosso outro lado, somos animais como qualquer outro. (Não foi com essas imagens que eu me identifiquei apesar de me "encaixar" nelas)

Humanos e lobos

Homens sendo homens

O "rápido"

Um belo jantar

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

    Só quero que isso acabe rápido, não aguento ficar com isso em mim. Não sei o que tenho nem sei de onde veio, só sei que machuca, sufoca, deprime e me faz pensar em morte mais uma vez.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

    E lá vou eu surtando mais uma vez. Todos estão em casa, eles não podem me ver assim e eu não quero que eles me vejam. Por fora pareço "normal", mas só eu sei o que se passa em minha mente. Meus fantasmas estão me assombrando nesse exato momento, nem o ar está quer se ver livre de mim. O que eu expresso aqui mais parece ser uma cena de uma dramaturgia qualquer, mas é real, infelizmente é real. Uso essas palavras porque isso está dentro de mim, aqui é o único lugar onde posso despejar minha raiva.
   A confusão me perturba, eu nem sabia que dia é hoje, nem ontem e nem no dia anterior. Estou perdido em mim mesmo. Questões que não se resolvem, partes minhas caídas, eu no chão. Muita coisa. Muitas coisas para eu cuidar sozinho, se eu não cuido de mim como irei cuidar das outras coisas? Até meus cabelos estão me deixando, isso é culpa das pessoas, eu lembro de muito bem das palavras ditas por essas pessoas. Me tornei isso por causa delas.

MÚSICA. Música, música. Só isso me deixa "bem".

                               Pitty - Anacrônico

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

    Estou cansado, eu não atraia a atenção das pessoas até um certo tempo, mas agora todos querem cuidar de mim, eu sou o que? Um bebê? Uma criança indefesa? Tenho 18 anos, já posso seguir minha vida. Não que eu consiga cuidar de mim mesmo por eu ser assim, ter meus "problemas", mas isso não dá direito das pessoas forçaram algo. Eu não quero ser cuidado, deixe-me quebrar a cara, deixe-me cair, fiz isso a minha vida toda, eu estou aprendendo a caminhar com minhas próprias pernas. Sei que parece orgulho ou egoísmo, mas eu passei esse tempo todo "sozinho", criei uma espécie de escudo, levantei uma muralha ao meu redor. Não quero ser para sempre aquele coitadinho deixe-me "viver" da minha maneira, não tente me mudar. 
    Em sua música, Pitty me ensinou um pouco sobre ser eu mesmo, me mostrou que não temos que mudar para agradar os outros. Me desviei um pouco, até tentei mudar, mas isso só me fez ser mais ainda eu mesmo. Um pouco confuso, mas minha "vida" é uma confusão só.

                                                                     (Máscara - Pitty)

sábado, 4 de janeiro de 2014

FELIZ 2014 para quem está vendo isso (eu acho que ninguém, mas...)

    Espero que o réveillon dos outros tenha sido melhor que o meu. Para mim, foi como um dia comum, não foi um dia fora do normal, foi um dia como outro qualquer. Para mim, é como se estivéssemos no meio do ano... enfim, me lembrei de uma coisa e queria postar aqui. Um dia me pediram para ajudar com uma coisa no face (e ainda colocaram condições, praticamente me chamaram de inútil), eu ajudei com toda a boa vontade do mundo. Quando terminei, fui arrancado do que eu fiz, não que eu quisesse ficar, mas a forma que fizeram isso me deixou um pouco mal. Bem, eu tento né?! Fazer o que?!