domingo, 25 de janeiro de 2015

Gira, mundo.

    E aquele ódio virou amor; o amor trouxe tristeza, dor, angústia, cansaço, solidão, doença, poucas foram as elegrias. Então o amor virou raiva, e trouxe o que o amor havia trazido e mais até.

    E quem sou eu ou onde estou nisso tudo?  Sou aquele lá no chão, encolhido e com a cabeça abaixada.

     




Música para acompanhar (e complementar) o texto:

                                                          Hozie - Take  Me To Church

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Me afogando

    Olha eu aqui, me afogando em mim mesmo. Faço tanta merda, depois fico me culpando. Nunca mais fui "eu mesmo", me sinto como se sempre estivesse mudando, estou mais instável do que uma vez estive. Tudo depois daquela decisão de não assinar aqueles papéis e digitar aquelas palavras dias depois.

    Mas esse ano teve um começo ruim, agravado por acontecimentos ainda do final de dezembro. Eu e meus dedos grandes. Disse quase tudo que estava entalado, mas ainda estou engasgado. A consequência disso? Fiquei doente como nunca havia ficado, desmaiei pela primeira vez, depois outra, depois outra e outra, isso n foi fraqueza física, minha mente que fez isso. Eu acumulo tantos probleminhas, tantos aborrecimentos, mascaro tudo com sorrisinhos forçados e ainda procuro fazer com que se sintam melhor que eu e "esqueço" de mim, esqueço entre aspas porque estou sempre em minha mente, preso como se estivesse acorrentado.

    Esse acúmulo me destrói pouco a pouco, eu consigo sentir isso, fico cada vez mais parado, imóvel, não tenho mais forças para nada, o prazer que eu tinha também está sendo perdido. Não consigo mais escrever, nem desenhar, nem jogar. Jogar era a única coisa que eu fazia e sentia prazer e nem isso mais. Agora só me restaram as músicas tristes, pois as "felizes" me dão nojo e sempre que ouço uma triste eu entro em uma espécie de transe e lá vou eu me destruir mais uma vez. Parado, vegetando. Estou cansado, eu realmente não sei o porque dessas coisas, não vejo sentido em mais nada. E nem morrer eu posso, existem muitas coisas que dependem de mim ainda e como sou idiota o bastante para pensar mais nos outros que em mim, continuarei aqui mesmo sabendo que coisas piores me aguardam.

    Nem os arranhões, queimaduras ou tapas e socos adiantam mais. Nada mais pode me ajudar.