domingo, 20 de setembro de 2015

"De joelhos supliquei. Me declarava, não me ouvia. O cão latia pra ninguém".

    Muita coisa aconteceu nesse tempo que fiquei ausente, bastante mesmo. A mais impactante, sem dúvida alguma, foi o fato de eu ter me declarado "para as paredes".

    Gostaria de pedir uma coisa a vocês, se alguém disser que o/a ama, não feche seus olhos, não vire o rosto, não tape os ouvidos e muito menos vire as costas, pois isso dói bem mais que receber um sonoro NÃO TE QUERO. Antes eu tivesse ouvido isso, mas não, decidiu fazer tudo isso que pedi para que vocês não façam. Eu cheguei a me ajoelhar. Eu pedi por favor, implorei para que olhasse para mim e para que me escutasse e o que aconteceu? Simplesmente levantou, ficou de frete para a porta, eu já estava chorando e antes de eu terminar a frase "se você sair da sala aí sim vai me magoar" ouvi a porta bater. 

    Caí no chão e chorei.

   Depois disso fez como quem não tinha visto/feito/escutado nada. Disse que àquela tarde nunca existiu.

    Dia seguinte me acusou de coisas que não fiz, chegou a dizer "e ainda diz que me ama, ama nada". Isso doeu. Exatamente uma semana depois de eu ter me humilhado e um dia depois de dizer que aquilo não aconteceu eu ouço essas palavras saírem. Nossa, como doeu. 

    Mal sabe o quanto me sacrifiquei, o quanto me deixei de lado, o quanto chorei escondido e voltei para sorrir em sua frente. Você não viu nem percebeu o mal que me fez enquanto eu te colocava lá em cima. Não digo isso por não quereres algo comigo, como digo sempre, não posso obrigar ninguém a gostar de mim, mas como você disse que somos amigos, você não deveria ter agido daquela maneira. 

    Digito isso como desabafo, você não sabe da existência deste blog e não tenho a intenção de mostrá-lo a você, mas se você o visse talvez saberia que te amo. Não tenho mais medo de dizer isso, não posso e nem vou mudar algo ao afirmar isso, só não gosto e não quero que duvidem de meu sentimento. Meus amigos de verdade sabem o que passei e o que passo, eles acham estranho esse amor incondicional que sinto, coisa que cogitei ser doença, mas é amor, daqueles reais, de verdade, não uma de minhas invenções.

    Ainda te ouço dizer "ninguém se importa com o que você diz", também "já tenho você, não consigo aturar outra pessoa". Mais uma vez, isso dói. 


    E como sempre, encontro músicas que me fazem lembrar de você, de mim, da merda que é minha vida... essa em particular se encaixou de maneira assustadora. Cão Guia de Móveis Coloniais de Acaju, o título desta publicação é um trecho da música.


"Andava cego de amor
E meu o cão guia
Não sabia
Se seguia a minha dor
De joelho supliquei
Me declarava, não me ouvia
O cão latia pra ninguém"