segunda-feira, 17 de junho de 2019

Noite de chuva comum

    01:42 de uma segunda. Madrugada de chuva fraca e constante. Noite silenciosa. Um corpo meio vivo na cama e em sua cabeça um mundo girando.

    D postou uma foto, estava com alguém, o que já não era sem tempo, mas percebi que talvez o que ele sentisse por mim fosse vergonha já que não me permitiu tirar uma única foto com ele, mesmo depois de tanto termos falado sobre isso nas inúmeras conversas que tivemos. Faz seis meses que nem online o vejo, ele deixou de me seguir e continua seguindo minha amiga, mas o que posso fazer? "Quero continuar te encontrando, quero abraçar você, conversar com você, beijar você, mas não vamos ter nada". Fui um passatempo.

    L está vivendo sua vida e estou incrivelmente feliz por ele. Que cresça e em fim se torne a melhor versão que ele possa ter, como já havíamos conversado há tanto tempo que jamais conseguiria lembrar quando.

    Solidão. Palavra comum, simples de entender e fácil de explicar. Pode conter várias interpretações, mas tudo leva ao mesmo ponto, o Um. Sempre costumei me chamar assim, O Um, Aquele, mas não de uma maneira especial, nada como "o único e exclusivo floquinho de neve", fuligem talvez. 

    São os mesmos problemas de sempre, as mesmas reclamações, a mesma angústia, dor, medo, tristeza. Um ciclo, a roda da fortuna que gira e me atropela com meus demônios agarrados em cada um de seus raios.