domingo, 4 de dezembro de 2016

Já são 3 anos disso que eu nem sei mais o que é.

    2016 foi um ano em que fiquei em estado vegetativo, bem mais do que os outros 2 em que estive postando aqui. Me veio em mente agora a possibilidade disso se dar pela ausência de quem me confortava mesmo tendo uma pontinha no tornado que originou essa destruição toda em mim. Hoje, arrasado e destruído, mas sabe a calmaria que fica quando um furação varre um lugar? Existem destroços, entulho, um amontoado de coisas que se confundem entre si, mas há de certa forma paz.

    Não, não estou em paz, apenas o que já disse aqui estou em um ponto onde aceitei isso que tem acontecido comigo e faço dessas coisas parte de mim - o que me lembra mais uma vez que o fim pode estar muito próximo.

    Eu disse a mim mesmo que faria um vídeo "comemorando" os 3 anos do blog (que teve sua primeira publicação dia 28 novembro de 2013). Disse isso quando publiquei pela última vez, mas acabei esquecendo. Eu não sei se chegariam a ver, talvez, no máximo, umas 4 pessoas (eu realmente não tenho noção se alguém de fato companha o que eu digo aqui, penso que todas as pessoas que esbarram nesse blog o encontram por engano ou pura aleatoriedade), mas mesmo assim eu o faria, contando sei lá o que, talvez lendo algo que eu escrevi ou, como acabei de pensar, explicaria alguma publicação aqui.... enfim. Qualquer dia faço esse vídeo, não será para me exibir, pois pelo o que digo aqui deveria sentir vergonha até de vincular minha conta do google com o blog, é mais por agradecimento aos que leem ou só para dar um rosto aos textos aqui publicados.

    Obrigado a você que lê! É solitário desabafar sozinho, sem ter confirmação de que realmente tem alguém vendo, mas compartilhar dores é uma coisinha mínima que melhora nem que seja 5% no momento de frustração, angústia, desespero..... coisas assim.

    Bem, agora, depois de ter conversado com quem há muito não vejo e sinto saudade; depois de ter mais questões sobre o funcionamento de minha mente, irei fazer o que jamais quis de verdade: tomar remédio para ansiedade. Consegui só 2 comprimidos, nem sei quais são os efeitos, mas vai por placebo. Sei que eles não vão resolver problema algum, mas preciso mascarar um pouco essas sensações, preciso ficar mais tranquilo.

    Mais uma vez obrigado por me "ouvir"! 

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Aparentemente não. Nessa noite tomei só metade de um dos comprimidos (Clonazepam), esperei algumas poucas horas e só senti um pouco de relaxamento muscular (ou eu pensei ter sentido isso). Pode ser (e com certeza é) coisa da minha cabeça, mas por um curto período de tempo eu não conseguia focar no que me deixava mal no momento. Me resta um comprimido inteiro, verei do que ele "é capaz" logo, logo.

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  2. Olá Johnny, saiba que já faz um tempo que "acompanho" as suas postagens no blog(não sei se vc se lembra, mas já nos falamos pelo chat do Google+). Confesso que costumo procurar o blog nos meus piores momentos, pois me identifico com os sentimentos que você expressa em palavras(vc é muito bom nisso), é como se tivesse falando por mim também... sei lá...
    Deve ser egoísmo da minha parte procurar identificação/reconhecimento nos seus textos ao invés de tentar te ajudar, mudar sua perspectiva de vida ou sei lá... Mas é que sou a pessoa menos aconselhável para isso, já que tbm sofro com o peso da minha existência. Como vc disse: A existência pesa!
    Então, te peço desculpas por ser uma leitora passiva, sinto muito!!!

    Para finalizar, gostaria que você soubesse: Não quero que você morra, meu coração gelou quando li o começo do título da sua postagem de 01/04/17; msm sem te conhecer, torço por você! Espero que o seu caso não seja tão insolúvel quanto o meu e que você consiga sair dessa. :)

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    1. Nossa! Agradeço por suas palavras e quero te dizer uma coisa: não é egoísmo seu coisa nenhuma. O que expresso aqui realmente serve para isso, para que pessoas como eu leiam e se sintam mais aliviadas com as palavras que gostariam de dizer.Então jamais se desculpe.

      Espero que você consiga sair desse tormento que nos engole, ou ao menos consiga amenizar as consequências dele como venho tentando fazer.

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